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Dá para ser empoderada e ter um namorado?

Saiu no site SUPER ELA:

 

Veja publicação original:  Dá para ser empoderada e ter um namorado?

 

Empoderamento feminino tem um peso. Você acha que não, mas falar desse assunto ainda causa desconforto para muitas pessoas, principalmente para os homens – mesmo que eles não liguem diretamente esse termo com ‘feminismo’ (apesar de dois estarem interligados). E ter um namorado segue sendo algo que muitas mulheres querem, mesmo empoderadas. Então, com o perdão do termo, existe casamento entre essas duas coisas?

A resposta é ‘sim’, mas a gente já adianta que não é 100% fácil. Com o tanto de homens ‘feministos’ que a gente já viu por aí, é de se imaginar que nem todo cara que se diz feminista aplica na prática tudo o que essa teoria ensina, e acaba entrando em contradição quando quer dormir com a mulher no primeiro encontro, mas ela recusa.

Ter um namorado quando se é empoderada pode ser complicado, mas não é impossível. Se transforma em um exercício de desconstrução de ambos os lados, em que o homem precisa abrir a mente para aprender uma visão diferente daquilo que está acostumado, e a mulher precisa ter a paciência para ensinar e rever o que ela mesma pensa a cada momento.

Ter um namorado significa se abrir para aprender também

Quando você começa esse caminho de empoderamento, aprende a confiar em si mesma e a amar quem você é se tornam a norma. Isso significa que você já sabe que a forma como a sociedade vê você, como mulher, não é carinhosa e entende que o mundo precisa mudar de ideia porque passou um bom tempo ensinando que as mulheres são inferiores e os homens, superiores. E mudar essa visão de mundo não é algo que acontece do dia para a noite.

Por isso, ter um namorado quando você já se vê uma pessoa empoderada pode gerar brigas e conflitos, principalmente se o cara não tiver ideia ainda do que tudo isso significa ou se ele é muito machista e não dá abertura para essa mudança.

Existem muitas formas de lidar com essas situações, mas todas exigem paciência, com você mesma e com o outro. Se o cara for machista demais e não quiser aprender o que você tem a ensinar, é uma decisão sua continuar com ele ou não. É sua escolha avaliar se o que você sente por ele vale os estresses que esse comportamento pode gerar ou se, pelo bem da autoestima de vocês dois, é melhor vocês seguirem caminhos separados.

Caso ele decida entender o que você está falando, então o trabalho de desconstrução precisa ser feito em conjunto e vocês vão oferecer um ao outro material o suficiente para reverem o que pensam. O ensino, nesse caso, só acontece de um lugar de amor e carinho, sem medo ou cobranças, e é um processo. Uma coisa que você fala pode ser entendida mesmo só um tempo depois. É preciso, também, paciência para entender cada momento como um novo aprendizado e para saber que, em alguns desses momentos, nenhum de vocês dois terão paciência para a desconstrução – e tudo bem.

Mais do que isso, é um exercício de interesse: o quanto você está disposta a entender porque o seu namorado (ou possível namorado), pensa do jeito que ele pensa e o que ele precisa mudar – além do seu papel nesse contexto.

Quando vamos para o âmbito do interesse pelos outros, é um fato que ser empoderada ou não acaba ficando em segundo plano. Isso não significa que você precisa abrir mão do que você conquistou por um homem – pelo contrário. Apenas que dependendo do seu nível de interesse,  o seu desejo em ajudar uma pessoa a se libertar de ideias limitantes (e o machismo é muito limitante para todos) ou que não fazem bem é maior do que a vontade de provar para as pessoas que você é empoderada.

Até porque, empoderamento não é isso. É aprender o seu real valor e importância a todos os momentos e ensinar outras pessoas e encontrar essa mesma importância e valor dentro de si. E, com isso em mente, ter um namorado vira fichinha perto do tanto que você vai ter para ensinar para todos.

Foto: Pexels

 

 

 

 

 

 

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