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O depoimento de um assédio em ônibus. E a importância das testemunhas ajudarem às vítimas

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Veja publicação original:  O depoimento de um assédio em ônibus. E a importância das testemunhas ajudarem às vítimas

 

O caso aconteceu em São Paulo. O homem argumentou que estava “rezando”.

 

Homem assedia mulher em ônibus e diz que estava “rezando”.

Na sexta-feira (6), Taynah Miranda estava sentada na poltrona de um ônibus de circulação municipal em São Paulo. Ela sentiu movimentos diferentes no banco, mas não se incomodou na primeira vez. Aconteceu novamente. Duas, três, quatro vezes. Quando ela foi reparar o que havia de errado, percebeu a mão de um homem que apertava a sua bunda.

Não é raro os relatos de mulheres que foram assediadas no transporte público. Casos mais recentes, como o do homem que ejaculou em uma mulher dentro de um ônibus, ganharam repercussão e até uma campanha, a #MeuCorpoNãoÉPúblico.

Porém, como revela o relato de Taynah, esta realidade está longe de ser um problema superado no País.

Em seu depoimento, publicado em sua página do Facebook, Taynah, que se considera feminista, disse que não teve coragem de reagir ao assédio quando percebeu a atitude do homem que passavam a mão em seu corpo. De acordo com ela, só teve forças porque as outras mulheres dentro do veículo perceberam a cena e a encorajaram a chamar a polícia.

“Fiquei MUITO nervosa, tremia e chorava demais e só queria sair correndo de lá. Quando comecei a me dirigir à porta quase todas as mulheres do ônibus começaram a falar “não, não deixa ele quieto! Vamo chamar a polícia, motorista para o ônibus”. Foram essas mulheres que me fizeram acordar pro que tava acontecendo. Liguei pra polícia e o ônibus parou”, escreveu.

Segundo a postagem, ao ser flagrado, o homem tentou minimizar a situação e disse que estava “rezando” um terço. Depois, confrontado, acabou admitindo e pediu desculpas à moça. Para Taynah, no entanto, as desculpas não fizeram sentido.

 

 

 

“Ele não esbarrou em mim. Tinha um banco separando nossos corpos. Ele fez de propósito”, desabafou.

 

Após registrar o boletim de ocorrência na delegacia, a vítima resolveu vir a público e expor a situação para incentivar que mulheres façam o mesmo. Ainda, ela ressaltou a importância que tem em as pessoas ao redor, ao presenciarem um caso de assédio, ajudarem a vítima.

 

 

“Isso só aconteceu porque outras mulheres me ajudaram a ter forças pra fazer isso. Eu. Eu que sou desconstruidona, feminista, esculacho macho escroto, não tive forças nem cabeça pra tomar as atitudes certas na hora que precisa. Não fiz vídeo dele falando que não fez por mal. Não perguntei pro homem sentado ao lado dele se ele poderia me acompanhar a delegacia para ser testemunha”, argumentou em seu post. E continuou: “Vamos continuar discutindo essas coisas horríveis porque são essas discussões que geram conhecimento para as pessoas apoiarem as vítimas no momento mais frágil da vida delas. Estamos juntas!”

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