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Governo de Brasília investe R$ 455 mil em pesquisas de combate à violência contra mulheres

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Veja publicação original:  Governo de Brasília investe R$ 455 mil em pesquisas de combate à violência contra mulheres

 

 

Assinaturas ocorreram em solenidade na Casa da Mulher Brasileira, nesta sexta-feira (6). Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

Fomento faz parte do pacote de ações lançado em março, em parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa do DF, para proteção de meninas e mulheres

 

 

Projetos de pesquisas relacionados ao enfrentamento da violência contra meninas e mulheres ganham apoio do governo nesta sexta-feira (6). Serão destinados R$ 455 mil para trabalhos universitários inscritos no edital da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF).

 

 

Os coordenadores das seis propostas contempladas assinaram hoje, em solenidade na Casa da Mulher Brasileira, os termos de outorga que os habilitam a receber o recurso.

 

 

O investimento integra o pacote de ações do governo para o fortalecimento do sistema de proteção e promoção dos direitos das vítimas de violência doméstica.

 

 

“Temos uma rede de enfrentamento já bastante descentralizada. Essas pesquisas vão contribuir mais para a proteção de meninas e mulheres e a prevenção do crime”, destacou a secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Márcia de Alencar Araújo.

 

 

O secretário do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Gutemberg Gomes, completou: “A importância é, de fato, orientar a política pública para tomada de decisão”.

 

 

Os projetos contemplados

O edital da FAP-DF voltado ao tema foi lançado em março deste ano. Seis propostas foram selecionadas:

 

 

Pela Universidade Católica de Brasília:

  • Violência (s) contra mulheres donas de casa: ausência de direitos e impactos na saúde mental

 

 

Pela Universidade de Brasília (UnB):

  • Identificação, Fortalecimento e Articulação das Iniciativas de Promoção dos Direitos Humanos das Meninas e Mulheres em Situação de Violência no Distrito Federal
  • Saúde Mental e Economia Solidária: possibilidades de inclusão social de mulheres vítimas de violência em um CAPS II
  • Escola de App: enfrentando a violência on-line contra meninas
  • Estudo sobre a prática pedagógica das Promotoras Legais Populares do Distrito Federal e Entorno no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas
  • Mulher & Cidadania: desenvolvimento de tecnologia lúdico-educativa no enfrentamento da violência contra a mulher (Etapa 2 – Vidas Violetas: Um jogo em que as mulheres dão as cartas!)

 

A coordenadora do projeto Mulher e Cidadania, Maria Raquel Pires, explica que a ideia nasceu de outro trabalho desenvolvido pela equipe da Faculdade de Ciência da Saúde da Universidade de Brasília.

 

 

“Em 2016, criamos o jogo de tabuleiro intitulado Jogo Violeta. Na ocasião, o trabalho foi focado para profissionais da rede de atendimento às vítimas de violência como uma estratégia pedagógica. Agora queremos estender a ideia para um projeto lúdico voltado à população”, conta Maria Raquel, professora adjunta da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB e coordenadora do núcleo de pesquisa da universidade.

 

 

A nova proposta consiste em contar, por meio de um jogo de cartas, uma história para desmistificar os estereótipos que envolvem a violência contra a mulher. O tempo de concepção de cada projeto é de até dois anos.

 

 

Já o coordenado pela professora de psicologia da Universidade Católica de Brasília Luciana da Silva Santos busca compreender o impacto da ausência de direitos de mulheres donas de casa.

 

 

“Vimos que esse público é invisível entre estudiosas de gênero e feministas. Então, nessa pesquisa, compreendi o quanto que ser dona de casa, o trabalho doméstico, a invisibilidade das atividades, não ter o empoderamento financeiro, comprometem com a saúde mental delas” – (Luciana da Silva Santos, professora da Universidade Católica de Brasília)

 

 

Ela contou que o projeto surgiu com a tese de doutorado defendida por ela em 2014, na UnB.

 

 

“Vimos que esse público é invisível entre estudiosas de gênero e feministas. Então, nessa pesquisa, compreendi o quanto que ser dona de casa, o trabalho doméstico, a invisibilidade das atividades, não ter o empoderamento financeiro, comprometem a saúde mental delas.”

 

 

Luciana destacou a importância de editais de pesquisa como esse. “Precisamos cada vez mais tanto dar visibilidade ao tema quanto das pesquisas e obviamente da ação posterior ao resultado. Não queremos só os dados, queremos efetivar o que a gente encontrar.”

 

 

Abordagem inédita em edital específico

De acordo com o diretor-presidente da FAP-DF, Wellington Almeida, a abordagem do tema em edital específico é novidade. “Além da temática em si do enfrentamento da violência, o edital tem uma importância fundamental recente para a FAP, porque nos ajudou a construir editais focados em política pública aplicada.”

 

 

Almeida explicou que, nesse modelo, são apresentados os problemas, e os pesquisadores são desafiados a dar caminhos e soluções para política. Ele adiantou que outros dois editais desse tipo serão lançados: um na área de segurança pública e outro na de meio ambiente.

Galeria de Fotos: – (  https://goo.gl/u713kj  )

 

 

 

 

 

 

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