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Veja publicação original: Tainá Müller fala sobre feminismo: “Meu marido não ‘me ajuda’, ele é pai”
Reconhecida como voz importante no meio artístico na luta pelos direitos da mulher, Tainá Müller agora olha e fala sobre o feminismo sob a perspectiva da maternidade.
Em entrevista à revista “Marie Claire” de outubro, da qual é capa, a atriz de 35 anos refletiu sobre a parceria com o marido, o diretor de tevê Henrique Sauer, na criação de Martin, de 1 ano e 4 meses.
“Em casa, dividimos tudo. Meu marido não ‘me ajuda’, ele é pai. O maior beneficiário dessa participação efetiva na criação do Martin é o Henrique. Aprendemos que a mãe que faz de tudo é normal, enquanto o pai que faz de tudo é um ‘paizão’. Não vou dizer que é um ‘paizão’ porque ele é apenas o pai que todos os homens deveriam ser”.
Tainá ainda comentou sobre como vê sua posição privilegiada na sociedade e sobre como acredita que, frente aos desafios cotidianos, a solidariedade entre mulheres é importante. “O feminismo me libertou. Ensinaram errado para a gente que mulher compete com mulher, quando na verdade a gente pode e deve acolher uma à outra”, diz.
“Como mulher, sofro pequenas e grandes opressões, mas estou num lugar privilegiado. Sou branca e há pessoas querendo me ouvir, enquanto há uma infinidade de mulheres invisíveis, negras, indígenas, de questões e lutas muito mais básicas, que são privadas de respeito, de dignidade”.
A preocupação da atriz gaúcha se reflete nos projetos que encara neste momento. Além de produzir um filme e um documentário, Tainá volta às novelas em “O Outro Lado do Paraíso”, de Walcyr Carrasco, que estreia este mês no horário das 9, e participa atualmente de um grupo de estudos sobre o feminino comandado pelas filósofas Márcia Tiburi e Djamilla Ribeiro, ao lado de Fernanda Lima e Taís Araújo.
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