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Veja publicação original: Papa pede fim de violência ‘verbal e física’ contra a mulher
Por VILLAVICENCIO, 8 SET (ANSA)
Durante a missa que celebrou na cidade colombiana de Villavicencio nesta sexta-feira (8), o papa Francisco fez um apelo pelo fim de qualquer tipo de violência contra a mulher.
“Em comunidades onde ainda estamos arrastando comportamentos patriarcas e masculinos, é bom anunciar que o Evangelho começa evidenciando mulheres que definiram uma tendência e fizeram história”, disse o Pontífice durante a homilia.
Citando a passagem da notícia da gravidez de Maria de Jesus Cristo, Jorge Mario Bergoglio fez um paralelo entre a Bíblia e o mundo atual.
“Nesse mundo em que a violência psicológica, verbal e física contra a mulher é evidente, José se apresenta como a figura de um homem respeitoso, delicado que, mesmo não tendo todas as informações, decide-se a favor da reputação, da dignidade e da vida de Maria. E na sua dúvida sobre como agir da melhor maneira, Deus o ajudou a escolher e a iluminar seu juízo”, disse aos milhares de fiéis que acompanham a celebração. Em outra passagem de seu sermão, Francisco voltou a falar da reconciliação do povo colombiano após mais de meio século de guerra.
“O recurso da reconciliação não pode servir para adaptar-se a uma situação de injustiça”, disse. Citando João Paulo II, ele afirmou ainda que a reconciliação é um “encontro entre irmãos dispostos a superar a tentação do egoísmo e a renunciar as tentativas de pseudo-justiça”.
“Quando as vítimas vencem a compreensível tentação da vingança, tornam-se os protagonistas mais críveis dos processos de construção da paz. Reconciliar-se é abrir uma porta a todas e a qualquer pessoa que viveram a dramática realidade de um conflito”, acrescentou.
Segundo o líder da Igreja Católica, é preciso que alguém tenha a “coragem de dar o primeiro passo” na direção da abertura e da conversa. “Basta uma só pessoa boa para haver esperança e qualquer um de nós pode ser essa pessoa”, disse sob muitos aplausos.
Para Francisco, a reconciliação “não significa desconhecer ou dissimular as diferenças e os conflitos. Não é legitimar a injustiça pessoal ou estrutural. Ela se concretiza e se consolida com a contribuição de todos, permite construir o futuro e faz crescer a esperança”. (ANSA)
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