Saiu no site JORNAL DO METRÔ:
Veja publicação original: “Vítima estava desesperada”, relata testemunha do assédio em São Paulo
Uma das testemunhas que estava perto do local onde ocorreu abuso sexual contra uma mulher neste sábado, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo, conversou com a BandNews FM. Everton Santos trabalhava perto do local e notou que um ônibus estava parado na rua. “Achei que estava quebrado e fui falar com o motorista”, disse.
Em seguida, ele descobriu que se tratava de mais um caso de abuso sexual dentro de um ônibus.”Estava todo mundo revoltado, querendo bater nele”, explicou. “A vítima estava chorando, desesperada. É uma situação constrangedora”, lamentou.
De acordo com o relato do ouvinte de Everton, o agressor tirou o pênis para fora e passou no braço da mulher.
A rádio também conversa com Cléverson Santos, que mora num condomínio na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, e presenciou a prisão de Diefo Ferreira de Novaes. De acordo com ele, o abusador não demonstrou nenhum tipo de reação. “Ele estava de cabeça baixa e não falou nada. Ele ficou assim até ser retirado do local”, contou.
Cléverson disse ainda que uma senhora que estava no local chorava muito. “O motorista pegou água para ela, para se acalmar. Não houve agressão de nenhum dos lados”.
A tenente Sthéfany Cantóia, que participou da prisão de Diego Ferreira Novais, disse que o sentimento é de indignação. Em entrevista à rádio, a policial militar conta que o agressor não resistiu à prisão depois de ser flagrado atacando a mulher.
Segundo ela, ele afirmou que tem problemas mentais e que embarcou no veículo com a intenção de atacar uma mulher.
“Era um crime anunciado”
A afirmação é da promotora de Justiça, Maria Gabriela Manssur, que atua há 10 anos no combate a violência contra mulher. Segundo ela, a conduta do abusador sexual demonstra uma personalidade voltada para a reincidência – como ocorre na violência doméstica, por exemplo.
Ela disse que respeita a posição do colega do Ministério Público, que pediu a liberação do abusador durante a semana, mas não concorda.
Maria Gabriela, que atuou no caso Champinha, defende que estuprador só saia da cadeia com laudo médico autorizando.
Entenda o caso
Uma jovem sofreu assédio sexual em um ônibus na Avenida Paulista da tarde de terça-feira (29). Segundo relato de testemunhas, ela estava sentada em um banco ao lado do corredor, quando o suspeito, identificado como Diego Ferreira de Novaes, que estava em pé na sua frente, tirou o pênis da calça e ejaculou.
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