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Dossiê do ISP revela que mais de 60% das mulheres estupradas foram violentadas em casa

Saiu no site NOTÍCIAS R7 / RJ:

 

Veja publicação original: Dossiê do ISP revela que mais de 60% das mulheres estupradas foram violentadas em casa

 

Campanha da Sedhmi chama a atenção para as violências praticadas pelos maridos das vítimas

 

O ISP (Instituto de Segurança Pública) lança nesta segunda-feira (7) o seu 12º Dossiê da Mulher, em que é reunido os principais dados sobre a violência contra a mulher no Estado do Rio. De acordo com o levantamento, elas ainda são as principais vítimas de crimes como estupro (85,3%), ameaça (65,4%), lesão corporal dolosa (63,8%), assédio sexual (93,3%) e importunação ofensiva ao pudor (91%).

O documento ainda revela que a maior parte dos agressores fazem parte do círculo de intimidade das vítimas. Companheiros e ex-companheiros, familiares, amigos, conhecidos ou vizinhos são responsáveis por 68% dos casos de violência física, 65% da violência psicológica e 38% da violência sexual. Pais, padrastos, parentes, conhecidos, amigos e vizinhos foram acusados de 37% dos estupros de vulneráveis registrados em 2016. Mais de 60% dos estupros e dos crimes de lesão corporal dolosa contra as mulheres ocorreram no interior de residência em 2016, assim como 40% das tentativas de homicídio.

Pelo segundo ano o Dossiê apresenta os dados estatísticos de assédio sexual e importunação ofensiva ao pudor. Em 2016, foram registradas 588 mulheres vítimas de importunação ofensiva ao pudor e 126 vítimas de assédio sexual. Esses casos geralmente acontecem em ambientes públicos como ruas, bares, meios de transporte coletivo ou no ambiente de trabalho, o que atenta contra a liberdade da mulher. Situações como essas, apesar de causar profundo constrangimento e desconforto às suas vítimas, ainda são pouco percebidas como um tipo de violência, o que se expressa pelo reduzido número de registros verificado.

11 anos da Lei Maria da Penha

A Sedhmi (Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos) lança nesta segunda (7) a campanha “Ele (a) dizia que me amava”, em que é comemorado os 11 anos da Lei Maria da Penha. A ação tem o objetivo de expor os diversos tipos de violência contra a mulher que muitas vezes são justificadas pelo “amor”.

Além de uma campanha de conscientização nos televisores dos ônibus, com vídeos educativos, a Sedhmi criou o Ônibus Lilás, unidade móvel da secretaria, que oferecerá assistência social, jurídica e psicológica às mulheres vítimas de violência doméstica. O serviço será gratuito e ocorrerá duas vezes ao mês no terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

As 14 Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (DEAMs) também realizam uma operação especial devido à data de aniversário da lei Maria da Penha. Desde o começo da manhã desta segunda-feira (7) está sendo executada a operação “Comigo não, violão”, que tem por objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra homens acusados de agredirem mulheres. Até o momento, foram realizadas 33 prisões e duas armas foram apreendidas.

 

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