Cinco mulheres são agredidas em dois minutos
Apesar da Lei Maria da Penha, vítimas ainda têm medo de denunciar agressores
Cinco mulheres sofrem violência doméstica a cada dois minutos no Brasil. Apesar dos avanços alcançados com a Lei Maria da Penha, muitas vítimas ainda têm medo de denunciar os agressores.
“Você vai a uma delegacia de polícia, faz o registro de ocorrência e se aquele apoio não é dado naquele momento, ela volta pra casa e vai acabar mais agredida, desprotegida e com o peso a mais porque ela quebrou o silêncio”, aponta a promotora de justiça Maria Gabriela Mansur.
A violência é indiscriminada, mas ganha vitrine quando envolve famosos. Essa semana, o jogador do Vasco Bernardo teve que prestar depoimento em uma delegacia do Rio de Janeiro. A ex-namorada Patrícia Mello diz ter levado socos e pontapés depois de uma briga de casal. O atleta nega.
“Eu fiquei muito assustada. Voltei pra casa porque tinha medo de que acontecesse alguma coisa”, afirma Patrícia.
Se uma mulher for agredida e ameaçada no final de semana e procurar uma delegacia especializada, vai encontrar as portas fechadas, já que esses locais não funcionam aos sábados e domingos.
“Já recebi denuncia de mulheres que ficaram 12 horas aguardando, com filho no colo sem a atenção devida de uma agressão que ela sofreu”, explicou a promotora.
No extremo da violência o Brasil também está numa posição vergonhosa: entre 84 nações, país é o sétimo do mundo a ter mais casos de mulheres mortas, principalmente, por companheiros.