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Veja publicação original: 90% dos casos de violência a crianças são sexuais, aponta promotora
A promotora Tarcila Santos Teixeira, da Vara de Infrações Penais Contra Crianças, Infância e Juventude discursou na Tribuna da Câmara de Vereadores de Curitiba, na quarta-feira (10), em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. “Hoje eu trabalho com uma média de 4 mil casos apenas aqui no município de Curitiba. Desses, 90% tratam de violência sexual. O problema da população infantojuvenil é o estupro, é a pedofilia, é o crime cibernético”, alertou a convidada. “Nossa realidade é muito mais grave do que parece.”
“O crime sexual está em todas as classes sociais de Curitiba, porque não tem um esteriótipo de criminoso. Ele tem uma personalidade desviada, uma parafilia”, acrescentou. Sobre o abusador, ela apontou que na maior parte dos casos os responsáveis são “o pai, o padastro e o avô, nessa ordem”. Em 90% dos casos, disse, a vítima tem entre 5 e 10 anos de idade. “É muito rara a situação em que o abuso foi isolado. A média é que [a criança] sofra o abuso por um período de um a dois anos. O comum é que a criança silencie, esconda”, explicou Tarcila.
A promotora disse que vítimas de estupro sem um atendimento adequado podem de transformar em “mortos em vida”. “Para quebrar este ciclo é necessário orientação. Precisamos dar um basta a este silêncio”, avaliou. Além da capacitação de pais, professores e policiais, por exemplo, Tarcila propõe iniciativas voltadas às educação das crianças, como por meio de sistemas lúdicos.
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