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9 filmes brasileiros que estão Festival Internacional Mulheres no Cinema (e você precisa assistir)

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Veja publicação original: 9 filmes brasileiros que estão Festival Internacional Mulheres no Cinema (e você precisa assistir)

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Por Andréa Martinelli

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Evento que destaca o protagonismo feminino nas câmeras — e por traz delas — começa no dia 04 de julho, em São Paulo.

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É preciso um fim: entre todos os filmes brasileiros registrados na Ancine(Agência Nacional do Cinema) entre 2009 a 2016 e lançados comercialmente em salas de exibição, menos de 17% foram dirigidos por mulheres. Com a intenção de discutir a falta de representatividade feminina e valorizar narrativas construídas exclusivamente por mulheres, a Casa Redonda e a Associação Cultural Kinoforum realizam a 1ª edição do FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema de 4 a 11 de julho, em São Paulo.

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E só mulheres estão envolvidas na produção do evento: com curadoria de Beth Sá Freire, Juliana Vicente e Andrea Cals, o evento homenageia Zezé Motta e a programação, com uma seleção de 28 filmes, terá competição entre longas-metragens, programas que celebram a presença feminina nas câmeras (e por traz delas), além de cursos e encontros com profissionais da área.

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O nome “fim” não é por acaso. “O festival alinha-se a outras iniciativas pelo fim da sub-representatividade feminina no cinema e demais janelas de exibição”, afirma Minom Pinho, idealizadora do evento e diretora da Casa Redonda. “Ao reunir estas mulheres, o FIM cria um espaço de fruição, reflexão e potencial de transformação do quadro de desigualdade entre homens e mulheres que vivemos hoje”, completa.

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Abaixo, estão 11 filmes que estarão em cartaz durante o FIM e você precisaassisitir:

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1. Que Língua Você Fala?, de Elisa Bracher

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Este é o primeiro documentário da artista plástica Elisa Bracher. Rodado no Brasil e na Inglaterra, o filme aborda o grande movimento migratório que existe hoje no mundo, com milhões de pessoas fugindo de guerras, catástrofes naturais ou de condições sociais que dificultam sua sobrevivência.

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Encarando riscos de diversas espécies para conseguir chegar aos lugares que julgam serem habitáveis, ou mesmo aonde tenham sido enviados por programas internacionais de ajuda, as pessoas tentam superar traumas e tristezas para recomeçar. Crianças, jovens e adultos falam sobre a complicada adaptação cultural.

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2. A Moça do Calendário, de Helena Ignez

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A partir do olhar do mecânico (que, pasme, trabalha como dublê de dançarino à noite) e quarentão Inácio, interpretado por André Guerreiro Lopes, é possível entrar na dinâmica ilusória de um relacionamento platônico não com uma pessoa de carne e osso, mas com uma garota que estampa o calendário da oficina.

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“A partir desse original paradoxo, desenha-se a precariedade da vida do rapaz. Econômica e afetiva: é por uma imagem que se apaixona. Pela típica pin-up, garota dos sonhos. Com um problema: ela pertence ao mundo dos sonhos que nos são oferecidos em troca do próprio mundo”, analisa crítica da Folha de S. Paulo.

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3. Paraíso Perdido, de Monique Gardenberg

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Afastada do cinema há onze anos, desde o lançamento de Ó paí, ó (2007), a cineasta Monique Gardenberg fez Paraíso Perdido acontecer no período de apenas um ano. “O filme fala sobre traumas, perdas, tragédias, mas mostra que você pode sobreviver se tiver amor. E também joga luz nas pessoas ‘invisíveis'”, explica a cineasta em entrevista ao jornal O Globo.

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A trama se desenha a partir da história de José (Erasmo Carlos), um viúvo que deixou a vida acadêmica para abrir uma boate: a Paraíso Perdido. Lá, ele mantém sob suas asas uma família de aspirantes a cantores. Entre eles, no elenco, estão os atores Júlio Andrade e os músicos Seu Jorge e Jaloo.

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4. Como é Cruel Viver Assim, de Júlia Rezende

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Pode ser muito cruel viver. Mas para tudo dá-se um jeito. Essa parece ser a premissa dos personagens de Como é Cruel Viver Assim, de Julia Rezende. O casal Vladimir e Clívia e os amigos Primo e Regina formam o quarteto de personagens do filme que, de fato, estão numa pior. Juntos, eles articulam a possibilidade de sequestrar o ex-patrão de Regina e fazer dinheiro com isso. Mas o problema é a inexperiência.

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Importante ressaltar que o longa baseia-se numa peça de teatro. “Na passagem do palco para a tela, Como É Cruel não perde nada e até ganha como estudo de personagens. E ainda tem a trama de sequestro, a pintura da realidade da periferia”, aponta crítica do jornal O Estado de S. Paulo.

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5. Desarquivando Alice Gonzaga, de Betse de Paula

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Dirigido por Betse de Paula, este documentário revisita parte importante da história do cinema brasileiro por meio da vida e obra de Alice Gonzaga, filha de Adhemar Gonzaga, cineasta sonhador que, em 1930, fundou a Cinédia, o primeiro estúdio de cinema no Brasil.

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O filme abre o precioso arquivo da Cinédia junto com Alice e o público conhece a trajetória, as histórias da família Gonzaga e suas apostas cinematográficas no desenvolvimento do que foi — e é — fazer cinema no Brasil.

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6. SLAM: Voz de Levante, de Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva

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Slam: voz de levante, foi um dos documentários premiados no Festival do Rio. Plateia, poetas, poemas próprios e jogo de cintura: essa é a fórmula dos Poetry Slams, campeonatos performáticos de poesia falada que vêm se espalhando pelo Brasil.

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O filme, dirigido por Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva, é testemunha o crescimento da cena brasileira e, para isso, viaja até a origens da competição e acompanha a campeã nacional de 2016, Luz Ribeiro, até a Copa do Mundo de Slam em Paris, representando uma nova onda feminista e negra que tem se firmado na poética do verbo politizado.

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7. Chega de Fiu Fiu, de Fernanda Frazão e Amanda Kamanchek Lemos

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Andar de ônibus. Circular a pé pelas ruas de uma cidade. Andar de bicicleta. Voltar da universidade de transporte público. Pegar um táxi. Subir escadas. Descer escadas. Entrar em um elevador. Nenhuma dessas situações parecem estar associadas à violência, mas sim, à banalidade do cotidiano. Parece irreal, mas esse é o desafio de grande parte das mulheres que vivem no Brasil: sair de casa. Se você é mulher, a violência caminha ao seu lado e mostra que o espaço público não é feito para você.

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É com a pergunta “as cidades foram feitas para as mulheres?” que o longa-metragem Chega de Fiu Fiu, dirigido por Amanda Kamanchek Lemos e Fernanda Frazão coloca luz sob o espectro do assédio sexual nas ruas das cidades brasileiras. O filme amplia a discussão ao expor a intersecção entre racismo, machismo, sexismo e transfobia que cada uma das personagens vive diariamente.

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8. Baronesa, de Juliana Antunes

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A periferia da capital mineira, Belo Horizonte, é o cenário de Baronesa, filme de Juliana Antunes que foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Marseille e na Mostra de Tiradentes.

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O documentário parte da história de duas amigas e vizinhas: Andreia, que quer se mudar do bairro onde moram; e Leid, que está à espera do marido preso. Ambas tentam desviar dos perigos da guerra do tráfico e evitar as tragédias trazidas pela chuva.

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9. Meu corpo é político, de Alice Riff

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Paula Beatriz é diretora de uma escola pública. Giu Nonato, uma jovem fotógrafa vivendo uma fase de transição em sua vida. Linn da Quebrada é atriz, cantora e professora de teatro. Fernando Ribeiro, um estudante e operador de telemarketing. Os quatro são personagens do documentário Meu Corpo é Político, primeiro longa-metragem da diretora Alice Riff. Retratada na telona, a rotina dos quatro está longe de ser lida como uma vivência banal, fácil, despercebida. Em comum? Dois elementos: pessoas transgÊnero e que moram na periferia de São Paulo.

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FIM: FESTIVAL INTERNACIONAL DE MULHERES NO CINEMA

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Quando: 04 a 11 de julho de 2018

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Local: Sessões no CineSesc (R. Augusta, 2075) e Espaço Itaú de Cinema – Augusta (Rua Augusta, 1475) e programa formativo no CPF – Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – 4º andar)

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Ingressos: Espaço Itaú de Cinema – Augusta: R$ 20,00 e 10,00 todos os dias

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CineSesc: R$ 20,00 e R$ 10,00 (sexta, sábado, domingo e feriado – segunda, 9/julho); R$ 17,00 e R$ 8,50 na quinta e terça; R$ 12,00 / R$ 6,00 na quarta.

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(*) As cerimônias de abertura e encerramento têm entrada gratuita, com retirada de ingresso na bilheteria do CineSesc a partir das 19h.

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(**) O bate-papo “Cinema da Vela” é gratuito e não requer ingresso

 

 

 

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