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8M: Garantir os direitos e emancipação das mulheres negras é reconstruir um Brasil democrático

Saiu no Brasil de Fato

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Não é de hoje que as mulheres do Brasil estão na vanguarda das lutas do país e do mundo em defesa de seus direitos e na construção de uma sociedade justa e igualitária. A máxima das mulheres negras de que nossos passos vêm de longe se aplica aqui de forma ímpar. Em todo processo de mudança sistêmica nós estivemos lá. A participação feminina é cada vez mais ressaltada como parte formuladora desses processos históricos como Revolução Francesa, Haitiana, Russa e as lutas por libertação da África e outros países.

No Brasil também fomos parte constante das mobilizações políticas. Precisamos lembrar, por exemplo, da importância que tem Tereza de Benguela e o Quilombo do Quariterê na região central do país, das mobilizações contra a carestia protagonizadas por mulheres periféricas durante a Ditadura Empresarial-Militar, as nossas movimentações durante a Constituinte para que nossos direitos fossem garantidos na Nova República.

Sempre estivemos nas ruas pressionando e pautando a necessidade de se olhar para os direitos daquelas que são a maioria da nossa população: nós. Mas nesse 8 de março de 2023 não poderíamos não destacar a resistência que o movimento feminista e de mulheres teve para enfrentar Bolsonaro desde sempre. Ocupamos as ruas em 2018 com o #EleNão e estivemos na vanguarda da resistência nas ruas combatendo a Reforma da Previdência e Trabalhista, além de denunciar todo o desmonte promovido por ele nas áreas de garantia dos nossos direitos.

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