Saiu no site G1
Veja publicação no site original: 40 economias fizeram reformas pela igualdade de gênero desde 2017
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Estudo do Banco Mundial também mostra que, em média, mulheres têm apenas 75% dos direitos legais dos homens no mundo.
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Em média, as mulheres de todo o mundo têm 75% dos direitos legais dos homens, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (14) pelo Banco Mundial, que mapeia como as leis afetam as mulheres em vários estágios de suas vidas.
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Essa situação, no entanto, já foi pior. De acordo com o estudo, entre junho de 2017 e setembro de 2019, 40 economias promoveram 62 reformas legais para avançar a participação econômica feminina. Com as mudanças, a pontuação média global subiu para 75,2, uma ligeira melhora em relação aos 73,9 pontos registrados na publicação anterior, há dois anos – o indicador varia de 0 a 100.
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Apenas oito economias têm a pontuação mais alta: Bélgica, Dinamarca, França, Islândia, Letônia, Luxemburgo, Suécia e Canadá – a última incorporada ao grupo nesta edição do levantamento, após estabelecer uma licença paternidade de 35 dias.
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Não surpreendentemente, as economias que mais melhoraram na comparação com levantamento anterior estão entre as piores do ranking: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Nepal, Sudão do Sul, São Tomé e Príncipe, Bahrein, República Democrática do Congo, Djibuti e Tunísia.
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A pesquisa considerou 35 questões legais agrupadas em 8 categorias: mobilidade, local de trabalho, remuneração, casamento, maternidade, empreendedorismo, bens e benefícios sociais.
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Brasil
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A pesquisa não registrou reformas feitas no país desde o levantamento de 2017, que registrou pontuação de 81,9. O Brasil pontua melhor em mobilidade, local de trabalho, casamento e bens (todos com pontuação de 100), e pior em benefícios sociais (25), remuneração e empreendedorismo (ambos com 75).
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Mudanças feitas
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Segundo o Banco Mundial, entre as reformas estão mais proteções para as mulheres contra a violência doméstica (Armênia, Burkina Faso, Djibuti, Eswatini, Libéria, Marrocos, Emirados Árabes e Tunísia) e criação ou ampliação de licenças maternidade e/ou paternidade (Canadá, República Democrática do Congo, Chipre, República Tcheca, Fiji, Jordânia, Nepal, Paquistão, Filipinas, Sudão do Sul, Sri Lanka, Estados Unidos e Zâmbia.
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País cuja condição registrou uma das melhoras mais acentuadas, os Emirados Árabes aprovaram mudanças que incluem a permissão para mulheres obterem passaporte sem necessidade de consentimento do marido, permissão para mulheres trabalharem à noite, e para serem chefe do domicílio, entre outras.
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Na Arábia Saudita, houve melhoras também na mobilidade feminina, com remoção de restrições para obtenção de passaporte e viagens ao exterior. O país também passou a permitir que mulheres sejam chefes do domicílio, e removeu a obrigação de que mulheres obedeçam aos maridos.
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Países desenvolvidos também promoveram mudanças: além do Canadá, a Alemanha estabeleceu a obrigatoriedade de igualdade de remuneração para trabalhos iguais; a Itália equalizou a idade de aposentadoria entre homens e mulheres; e, nos Estados Unidos, o estado de Nova York estabeleceu licenças paternidade e maternidade remuneradas.
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E na América do Sul, o Uruguai estabeleceu a obrigatoriedade de igualdade de remuneração para trabalhos equivalentes.
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Veja as dez economias com melhores e piores notas, segundo o Banco Mundial
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Melhores notas:
- Bélgica: 100
- Canadá: 100
- Dinamarca: 100
- França: 100
- Islândia: 100
- Letônia: 100
- Luxemburgo: 100
- Suécia: 100
- Estônia: 97,5
- Finlândia: 97,5
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Piores notas:
- Jordânia: 40,6
- Omã: 38,8
- Afeganistão: 38,1
- Síria: 36,9
- Kwait: 32,5
- Catar: 32,5
- Irã: 31,3
- Sudão: 29,4
- Iêmen: 26,9
- Cisjordânia e Faixa de Gaza: 26,3
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