HOME

Home

4 filmes e 1 série que mostram as dores e delícias de envelhecer

Saiu no site da Vogue.

Veja publicação original. 4 filmes e 1 série que mostram as dores e delícias de envelhecer

Quer motivos para celebrar a vida mesmo nestes tempos difíceis? Os filmes e séries que selecionamos aqui vão ajudar. Sem baixo-astral, eles trazem ensinamentos sobre as alegrias, os dramas, o amor e a amizade na maturidade e mostram por que muita gente chama a vida depois dos 60 de melhor idade. E como não amar ver a musa ageless Jane Fonda (que está em três das sugestões, fazer o quê?) ativa e maravilhosa aos 83 anos? Pegue a pipoca e o lencinho (sim, talvez você precise) e aperte o play!

Grace and Frankie

Duas mulheres com mais de 70 anos (Jane Fonda e Lily Tomlin) reagem de forma bem diferente quando os respectivos maridos, com quem são casadas há 40 anos, pedem o divórcio ao se assumirem gays e decidirem se casar. Com poucas coisas em comum a não ser a relação de longa data dos ex-companheiros – uma é uma elegante empresária e a outra faz o estilo hippie –, as duas se aproximam e acabam indo morar juntas em uma casa de praia. O ótimo elenco, o humor consciente e zero preconceituoso e os temas levantados, como romance, sexo, trabalho e saúde na terceira idade, explicam o tamanho do sucesso da série. Lançada em 2015, a produção anunciou recentemente o lançamento da sétima e última temporada. Os episódios curtos (meia hora, em média) colaboram para querer maratonar na quarentena.

Entre vinho e vinagre

Pense em seis amigas viajando juntas. Agora pense que elas não se encontram há décadas e resolvem comemorar o aniversário de 50 anos de uma delas em meio aos vinhedos de Napa Valley, na Califórnia. Eis o enredo deste filme que, ok, é pastelão em vários momentos e tem personagens estereotipadas e pouco profundas – há a workaholic, a controladora, a lésbica, a esposa enganada etc. Ainda assim vale muito assistir, pelas risadas que provoca (pudera: as atrizes são estrelas da comédia norte-americana e do Saturday Night Live, como Tina Fey, Amy Poehler e Maya Rudolph) e pela celebração da amizade entre mulheres maduras. Entre uma taça e outra, elas dão gargalhadas, choram, falam verdades e viram de ponta-cabeça a programação da viagem planejada em detalhes pela organizada da turma. E deixam a mensagem de que quem tem uma amiga (ou várias) tem tudo.

Nossas noites

Uma bonita relação começa a se desenvolver quando um casal de vizinhos maduros que moram sozinhos (Jane Fonda e Robert Redford), ela viúva e ele separado, resolve passar as noites juntos para se fazerem companhia, mesmo não tendo nenhuma intimidade. À medida que vão vencendo julgamentos e preconceitos da vizinhança e de parentes, os dois encaram alegrias (como a visita de um neto) e dores (a morte de um amigo, filhos problemáticos) e constroem uma história de companheirismo e amor sem a pressão do tempo e as inquietações de quando se é jovem. Impossível assistir a atores veteranos e tão presentes no nosso imaginário cinematográfico em papéis que revelam o declínio físico e as dúvidas existenciais que a idade traz e não pensar no nosso próprio envelhecimento.

A juventude

Irônico, charmoso, filosófico e visualmente estonteante. Assim é o filme de 2016 do diretor italiano Paolo Sorrentino, que também assinou A grande beleza, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014. Michael Caine e Harvey Keitel interpretam, respectivamente, um maestro e um cineasta octogenários, bem-sucedidos e aposentados passando uma temporada em um spa de luxo nos Alpes Suíços. Lá conversam sobre arte, mulheres, sucessos e arrependimentos do passado ao mesmo tempo em que convivem com hóspedes mais jovens e planejam projetos profissionais futuros. O elenco tem ainda Rachel Weisz e Jane Fonda. O próprio diretor o classificou o filme como “uma excelente oportunidade para exorcizar o medo da passagem do tempo, do envelhecimento e da morte física e mental”.

Deixe a luz do sol entrar

Isabelle (Juliette Binoche) é uma artista plástica de 50 e poucos anos, divorciada e mãe, que deseja um amor tranquilo, mas só encontra relacionamentos superficiais, homens grosseiros e parceiros em busca de sexo sem compromisso. A trama parece trivial, mas acaba se mostrando uma bela jornada de autoconhecimento da personagem graças aos diálogos com reflexões existencialistas sobre afetos e desafetos – há quem diga que se trata de uma adaptação do livro Fragmentos de um discurso amoroso, de Roland Barthes. A mensagem que fica – e vale para a vida – sai da boca de um dos personagens (alerta de spoiler): “ocupe-se com sua melhor companhia, você mesma, e tente encontrar um belo sol interior”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

Veja também

HOME