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VAMOS FALAR SOBRE “MANTERRUPTING”?

Por Karina Melo

As mulheres ocupam apenas um terço do tempo de debates em reuniões, discussões, decisões e palestras, segundo uma pesquisa feita pelo “The New York Times”.

Isso acontece por um comportamento muito comum entre os homens, que não permitem que as mulheres finalizem suas frases em conversas e principalmente no local de trabalho, por acreditarem que suas análises masculinas são mais valiosas.

Dessa forma, os homens naturalmente fazem as mulheres se sentirem menos capacitadas para falar, tanto em ambientes privados quanto em público, e ficam menos propensas a confrontar seus colegas do sexo masculino em conversas informais e debates.

Essa conduta, considerada machista, chama-se Manterrupting, um termo que surgiu em 2015, que significa “homens que interrompem”.

Um exemplo recente de Manterrupting que ficou conhecido mundialmente foi entre candidatos à presidência dos EUA, Hillary Clinton e Donald Trump. Um levantamento feito pelo site “Quartz’, contabilizou que o republicano interrompeu 51 vezes o discurso da democrata Hillary Clinton, em um debate de 90 minutos. Trump rompeu, assim, uma das regras mais importantes de um debate, com intervenções desnecessárias nas falas da adversária.

É importante lembrar que as mulheres têm voz e têm o direito de ocupar o mesmo espaço que os homens, serem ouvidas e terem liberdade de expressão e opinião. Nós queremos respeito!

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