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Marcha das Mulheres protesta novamente contra Trump e desigualdade de gêneros

Saiu no site G1:

 

Veja publicação original:    Marcha das Mulheres protesta novamente contra Trump e desigualdade de gêneros

 

Manifestação acontece em cidades como Washington, Nova York e Los Angeles pelo segundo ano seguido.

 

Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de cidades nos Estados Unidos neste sábado (20) para a segunda Marcha das Mulheres, a fim de manifestar o seu repúdio ao presidente Donald Trump no dia em que ele completa o primeiro aniversário na Presidência.

Com seu epicentro em Washington, as marchas esperavam ser muito mais modestas do que há um ano, quando uma estimativa de três milhões de pessoas em todo o país protestaram contra a chegada do magnata à Casa Branca.

Beautiful weather all over our great country, a perfect day for all Women to March. Get out there now to celebrate the historic milestones and unprecedented economic success and wealth creation that has taken place over the last 12 months. Lowest female unemployment in 18 years!

Em sua conta no Twitter, Trump ironizou a manifestação. “Belo clima em todo o país, um dia perfeito para todas as mulheres marcharem. Saiam para celebrar as marcas históricas e o sucesso econômico sem precedentes e a criação de riquezas que passou a existiu nos últimos 12 anos. Menor taxa de desemprego feminino dos últimos 18 anos”, escreveu.

Manifestantes fazem nova edição da Marcha das Mulheres nos EUA

Manifestantes fazem nova edição da Marcha das Mulheres nos EUA

Mas as manifestações deste fim de semana esperam manter a chama da resistência com a mensagem “Power to the Polls” (Poder às urnas), com o objetivo de estimular a votação e potencializar a participação das mulheres nas eleições de meio de mandato de novembro, na qual uma cifra recorde de mulheres disputam um cargo.

Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Chicago, Denver e outras cidades americanas neste sábado, muitos vestindo os famosos gorros cor de rosa com orelhas de gato, conhecidos como “pussy hats”, uma referência à fala sexista de Trump – registrada em uma gravação – de que era capaz de “pegar pela xoxota” (by the pussy, no original em inglês) impunemente as mulheres que desejava.

“Fomos à primeira marcha das mulheres, mas sentimos que nosso trabalho não está terminado e que há muito mais que precisamos conquistar”, disse à agência de notícia France Presse (AFP) Tanaquil Eltson, de 14 anos, que foi ao protesto em 2017 e retornou neste sábado em Washington com sua mãe.

“Sei que o mundo que me cerca não é de cores alegres, dá medo. Mas estou emocionada de ser capaz de conquistá-lo”, disse, vestindo uma roupa de Super-Mulher.

Sua mãe, Vitessa, uma tenente-coronel do Exército reformada, também se mostrou esperançosa.

“Convivi durante décadas com problemas de assédio sexual e isso está melhorando, mas não está nada perto de onde precisa estar”, disse, usando uma roupa de Mulher-Maravilha, fazendo uma brincadeira com sua filha.

“Os temas que as mulheres enfrentam não estão suficientemente representados em nosso país. Por isso, é um privilégio sermos capazes de sair e tentar fazer algo como cidadãos”, acrescentou.

Milhares de manifestantes seguravam cartazes com mensagens que incluíam “Brigue como uma menina” e “Lugar de mulher é na Casa Branca”.

Mais de 300 povoados e cidades estão organizando marchas e protestos pelo aniversário da posse de Trump, embora nem todos estejam relacionados entre si.

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